Este ano retomo as aulas presenciais de Numerologia Pitagórica no Conexão Áurea. O módulo I começa neste mês de maio!
Os interessados olhem na nova página AGENDA. Inscrições com desconte só até fim do mês de abril!
A dimensão cósmica dos números.
Este ano retomo as aulas presenciais de Numerologia Pitagórica no Conexão Áurea. O módulo I começa neste mês de maio!
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"Tudo é duplo; tudo tem polos; tudo tem seu oposto; o igual e o desigual são a mesma coisa; os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em graus; extremos se tocam; todas as verdades são meias-verdades; todos os paradoxos podem ser reconciliados."
O Caibalion
A dualidade é a essência da vida, que é feita de opostos que se complementam no momento em que a consciência se amplia ou amadurece. Até que isso aconteça a consciência ficará dividida e cada parte reivindicará para si a totalidade da verdade, da razão, do equilíbrio e da justiça. Ao compreendermos as polaridades presentes também nas linguagens simbólicas, como o estudo dos números, e o tanto que agregam uma a outra, tanto mais fácil será interpretar a complexidade arquetípicas da jornada evolutiva da humanidade como um todo quanto de um único indivíduo. Abaixo apresento um breve relato da polarização no estudo numerológico, focando na luz e na sombra de suas características, deixando livre para que cada leitor relacione os números do modo que quiser aplicando sua própria introvisão no estudo numerológico.
PUBLICAÇÕES
No Tempo da Planeta
Em 2012 a revista deixou seu viés esotérico/espiritualista/ufologista para se dedicar aos temas ambientais, que realmente careciam (e ainda carecem) de mais atenção e popularização. Entretanto, a edição impressa, ao que parece, sumiu e o que existe hoje é uma versão virtual que contém todo o rico material do passado mesclado à sua atual proposta ecológica e científica. A verdade é que entre 1972 e 2012 essa revista foi o principal informativo fomentador da curiosidade e da sede de saber dos Buscadores Espirituais, com artigos de consistência, bem fundamentados e bem escritos. Suas edições especiais sobre Tarot, I Ching, Quiromancia, Cristais, Numerologia, Grafologia, e Xamanismo, entre outras, impulsionaram o caminho de muitos servidores dessas disciplinas que atuam hoje!
A edição especial sobre Tarot, impulsionando a tarologia no Brasil. |
*A revista Planeta foi uma publicação mensal da Editora Três que circulava no Brasil desde 1972, e abordava temas como esoterismo, ufologia, parapsicologia e política ambiental. Em 2020, a revista encontrava-se descontinuada; sua última edição regular foi a de nº 548, de 10 de setembro de 2019. Foi a primeira revista da Editora Três, criada como uma versão brasileira da Planète, fundada em 1963 pelos franceses Louis Pauwels e Jacques Bergier, autores do clássico "O Despertar dos Mágicos" (1961). Porta-voz de um movimento de renovação intelectual chamado realismo fantástico, essa revista fazia furor na França e em outros países onde era editada, para o qual convergiam, ao mesmo tempo, vários vetores da contracultura.
E viva a contracultura! (Hoje quase vencida pelo capitalismo selvagem!)
Esta é a sua versão digital: REVISTA PLANETA
Ainda valendo muito a pena!
*Fonte: Wikipédia
Uma Revista Chamada Destino
Circulou nas bancas brasileiras entre 1990/1997 com o slogan "Esoterismo levado a sério", mas não foi bem assim. O periódico teve sim a sua contribuição, popularizando o conhecimento esotérico entre os mais jovens de forma "fácil", mas que gradualmente descambou para a leviandade! Seu sucesso se deu não só por causa das previsões astrológicas mensais para todos os signos, mas sobretudo por revelar as preferências de celebridades por certas práticas mágicas ou místicas. A atriz Marisa Orth revelou em entrevista de sua predileção pelo I Ching para se aconselhar e refletir. Araci Balabanian aparece abrindo suas Runas numa outra reportagem, e o ator Marcos Breda se revela um estudioso da Astrologia, e que também consultava o Tarot a cada seis meses. Isso ajudou a tirar muito do preconceito que as artes divinatórias ainda sofriam no Brasil naquele tempo.
O formato pequeno da revista visava atingir o público feminino jovem. |
As colunas "Os magos" e "O país" também impulsionaram seu sucesso. A primeira mostrando a trajetória e o trabalho sério de pessoas como Léo Artese (xamanismo), Gilda Telles (Tarot), e Celso Fortes de Almeida (xamanismo). A outra trazendo previsões mensais para o Brasil com um grande número de acertos precisos, e para isso contava com a colaboração de consultores oraculares consagrados como Namur Gopalla (Tarot), Bosco Viegas (Numerologia Cabalística), e Maria José de Oliveirado (Runas), entre outros... Porém, a sua tendência populista logo a tornaria a percussora de bobagens do tipo: "as Runas revelam seu destino no amor", ou "descubra como é sua sexualidade pela primeira letra do seu nome", e outras baboseiras reducionistas que se perpetraram e depois migraram para o YouTube!
Apesar de não ter (nem de longe) a mesma profundidade e o mesmo alcance da revista PLANETA, que ficou 47 anos em circulação, a revista DESTINO ajudou a propagar a onda espiritual, mágica e ocultista que se intensificava pelo mundo com a passagem de Plutão em Escorpião (1983/1995).
PROGRAMA DE TEVÊ
O Programa Terceira Visão
Foi ao ar entre 1986 e 1988 pela Rede Bandeirantes de televisão, e é uma das maiores provas da pátria mediúnica e espiritual que o Brasil é! Impensável nos dias de hoje, onde nossa mídia está tomada de lobby "cristão" evangélico de um lado, e de ateísmo ideológico de outro! Foi criado pelo diretor Augusto Cesar Vanucci (1934/1992) em sua passagem pela Rede Bandeirantes, onde foi responsável pela linha de shows da emissora. O programa “3ª Visão” mostrava entrevistas de estúdio e reportagens sobre mediunidade, curas psíquicas e outros fenômenos da paranormalidade dentro de uma perspectiva espiritual.
Vinheta de abertura do programa. |
O destaque do programa eram as performances de Luiz Antônio Gasparetto (1949/2018), que fazia demonstrações de pintura mediúnica, um fenômeno que o tornou internacionalmente famoso, objeto de estudos e foco de interesse de jornais, revistas e várias redes de tevê. Ia ao ar nas noites de sexta.
Encerrando esta série de três artigos, sobre as revistas PLANETA e DESTINO, e agora sobre o programa 3ª Visão, para resgatar um pouco da memória de como se deu o desenvolvimento dos temas espirituais e esotéricos/ocultistas no Brasil desde os anos 70 até hoje, o tempo de maior aceleração dessa proposta de visão tão profunda sobre a vida. Espero que tenha inspirado reflexões sobre aprender com os erros passados, mas também o de resgatar valores perdidos!
No YouTube tem alguns dos episódios da série. Abaixo o link do episódio "Sensitivos": Terceira Visão
Chakras, centros de energia, consciência e transformação. |
1°) Muladhara Chakra (Terra) – localizado entre o ânus e os órgãos genitais é o Chakra da estrutura do corpo, ossos, carne e pele. Rege a conexão com o corpo e os instintos básicos de sobrevivência, bem como da sexualidade animal que detém em si um poderoso vórtice de energia que se elevado proporciona a elevação da consciência. Esse vórtice de energia adormecida é a Kundalini. Enquanto o fluxo deste Chakra não é equilibrado as necessidades básicas de sobrevivência são afetadas e a sexualidade tem sua força pervertida ou desequilibrada. A posse, a ganância e materialismo exacerbado são frutos desse desequilíbrio.
– Idades do Muladhara: 1, 8, 15, 22, 29, 36, 43, 50, 57, 64, 71, 78, 85, 92, 99.
Nesses períodos estamos desenvolvendo nosso sentido de segurança e autopreservação. A criança sente o impulso natural de se alimentar e se proteger. Corre de sons e formas que pareçam ameaçadoras. O adulto começa a repensar seu sentido de valor pessoal e de segurança, tanto financeira quanto emocional. Há também a possibilidade de mudar hábitos, sobretudo de saúde e alimentação, liberar apegos ou reafirmar valores esquecidos, ou ainda agregar novos. O corpo físico pode exigir cuidados que podem incluir dietas e atividade física, como também balanceamento energético, conexão com a terra e a natureza como um todo.
2°) Svadhisthana Chakra (Água) – Rege órgãos e glândulas reprodutoras no plano físico, e a interação com os outros e o mundo ao redor. Como sua regência é da água, simboliza nossas emoções e o quanto são estimuladas nas nossas interações. Quando em desequilíbrio nos tornamos muito reagentes aos estímulos externos e vulneráveis demais às demandas energéticas e emocionais vindas de fora. Esse Chakra fala do prazer da troca e do convívio íntimo, bem como do descontrole emocional e das relações de interdependência ou não, nos afetos. Este é o Chakra que revela se nos tornamos ou não permeáveis ao mundo e o quanto.
– Idades do Svadhisthana: 2, 9, 16, 23, 30, 37, 44, 51, 58, 65, 72, 79, 86, 93, 100.
Nesta fase começamos a estabelecer conexão com as coisas e as pessoas do nosso meio, fazendo experimentos de interação, descobrindo o que nos dá prazer e o que nos repugna. A forma de se relacionar pode mudar significativamente na vida adulta, abrindo ou fechando o campo pessoal às interações com os outros. A expressão da afetividade através da interação física também sofre alterações. A descoberta de como podemos viver de forma mais prazerosa a vida, tanto na intimidade quanto na rotina dos afazeres mundanos e concretos também sofre alterações. É o primeiro plano criativo, é aqui que se aprende adaptação ao outro.
3°) Manipura Chakra (Fogo) – Este é o Chakra solar, e rege nosso poder pessoal e autoconfiança. No corpo rege o aparelho digestivo, e o fogo gástrico. Quando nos posicionamos no mundo e nos sentimos capazes de enfrentar as demandas da vida com total confiança em nós mesmos e em nosso potencial é nele que focamos. O sentido mais consistente de identidade pessoal e conexão com o poder do fogo interior da vida. Com a plenitude desta consciência conseguimos nos posicionar diante de situações que exijam uma atuação mais firme e contundente de nossa parte. Rege o intelecto, o ego, a força de vontade e a luta pela sobrevivência no dia a dia.
– Idades do Manipura: 3, 10, 17, 24, 31, 38, 45, 52, 59, 66, 73, 80, 87, 94, 101, 108.
A afirmação do eu se manifesta nesse período, a criança aprende a diferenciar o que é o eu e o outro. Da mesma forma o adulto reforma, ou reafirma, seu modo de se colocar na vida, e delimitar seu espaço de atuação. A consciência deste chakra está muito relacionada ao plano da sobrevivência, do trabalho e do como queremos ser vistos no mundo. Tem direta relação com a autoimagem, e do quanto nos empoderamos, ou nos enfraquecemos, e com como o mundo exterior reage ao que somos e fazemos. Durante este período pode acontecer uma reconstrução da imagem, do trabalho e daquilo que conhecemos como nossa expressão no mundo!
O Eterno ciclo de nascer e renascer, a saga humana pela evolução da consciência e a libertação da roda de Samsra. |
4°) Anahata Chakra (Ar) – Este é o Chakra que interliga os planos superiores aos inferiores. Rege coração e pulmões. É o ponto da consciência do amor pleno sem cobranças ou expectativas quando está na sua potência superior. Ativa a capacidade de dar completamente a uma causa, fé ou pessoa sem restrições. O tipo de amor relatado aqui não tem a ver com as regras do ego carente e manipulativo. Sua função no sistema físico/energético é justamente acumular e distribuir para os outro Chakras do corpo a energia vital (prana) que fui juntamente com o ar que respiramos. É a abertura irrestrita à vida e ao próximo.
– Idades do Anahata: 4, 11, 18, 25, 32, 39, 46, 53, 60, 67, 74, 81, 88, 95, 102, 109.
Se no segundo plano aprendemos sobre adaptação e conexões primárias e instintivas, aqui as conexões mais profundas são estimuladas. O amor, ou a ausência dele, são intensamente refletidos aqui. Nesse período a criança aprende sobre amar e ser amada e como comunicar isso às pessoas do seu convívio. Aprende também sobre entrega e confiança, e a falta desse aprendizado desestruturará os vínculos deste adulto. Nos adultos é hora de pensar o significado e o valor das relações interpessoais mais profundas, bem como a empatia com o sofrimento dos seus semelhantes. Da mesma forma revê o quanto se deu de coração a causas ou pessoas.
5°) Vishuddha Chakra (Éter) – Este é o plano da comunicação e dos julgamentos que emitimos sobre as coisas da vida. Rege a garganta, nariz e ouvidos. É o centro da expressão criativa em sua totalidade. Músicos, compositores, oradores, e comunicadores de forma geral tem este Chakra forte. Esse é um importante ponto de expressão do “Eu”, por isso também associado à confiança em si mesmo, e seus julgamentos da realidade. Este chakra está muito associado ao modo com que nos expressamos na vida e ao tanto que confiamos nesse modo ou maneira de ser. Quando bem equilibrado traz a capacidade de ser firme e verdadeiro, mas também suave e gentil.
– Idades do Vishuddha: 5, 12, 19, 26, 33, 40, 47, 54, 61, 68, 75, 82, 89, 96, 103, 110.
Este é o plano da comunicação, da criatividade e da expressão para o mundo das ideias e das nossas criações (a comunicação em todas as suas manifestações). É quando a criança começa a desenhar e querer escrever e falar com todos que a cercam. A busca da expressão em todas as suas formas. Na vida adulta tem a ver com rever nossa forma de se expressar e refletir sobre o que temos comunicado para o nosso meio, e como isso afeta nossa realidade. Este é muitas vezes, um ciclo de mudar formas e expressão ou descobrir novas. Coisas como novos talentos aptidões ou campos de interesse que reestruturam de algum modo a nossa vida e consciência.
6°) Ajna Chakra – Rege a hipófise e a parte frontal do cérebro.. Este é o Chakra da iluminação da consciência, sede da alma e o portal da Consciência Superior. É a abertura do dom da intuição que é o guia Superior da consciência que revela a verdade por trás das aparências deste mundo concreto, e também da vidência que são as imagens da visão interior que revelam o porvir e a verdade oculta. Com este Chakra desperto podemos, enfim, atingir a revelação do propósito de nossa existência! Paradoxalmente rege a mente concreta e objetiva. A razão plena, clara e lúcida de si mesma. Esse Chakra tem duas pétalas que simbolizam os poderes racionais e mediúnicos da mente e da consciência humana.
– Idades do Ajna: 6, 13, 20, 27, 34, 41, 48, 55, 62, 69, 76, 83, 90, 97, 104, 111.
Neste plano de consciência é que se desenvolve as aptidões do intelecto e das visões superiores do mundo imaterial. Nessa fase a criança tanto aprende a discernir sobre alguns fatos do seu mundo próximo quanto exercita sua capacidade de imaginar, ou visionar, as coisas que quer para si. Para a vida adulta esta é a fase de ampliar nossas visões de mundo, novos aprendizados ou o despertar para novos planos de consciências antes ignorados ou negados. O despertar da visão interior, da intuição ou outros dons psíquicos, como também da intelectualidade profunda e do conhecimento acadêmico se dão neste período. É a visão do todo e da integridade da Vida!
7°) Sahasrara Chakra – Rege a glândula pineal e a integração dos hemisférios do cérebro. Este é o Chakra da integração corpo, mente e espírito. É a conexão da consciência humana com o Infinito, o Grande Mistério, o Sagrado ou Deus... Rege a inteligência aguda, a memória profunda e o foco pleno. Quando desperto as perspectivas sobre avida se tornam claras e positivas. Toda a crença no mal ou na injustiça são substituídas por um sentimento de que tudo corre dentro de um plano de perfeição Superior, com um propósito evolutivo ainda que incompreensível num determinado a nós dentro de um certo período de espaço tempo. Traz a serenidade dos santos diante dos reveses da vida...
Idades do Sahasrara: 7, 14, 21,28, 35, 42, 49, 56, 63, 70, 77, 84, 91, 98, 105, 112.
Nesta fase da vida a criança demonstra imenso interesse pelo seu meio e expressa um desejo intenso de interagir ajudar ao próximo. É quando elas expressam um sentimento de totalidade com a sociedade em que vivem, e também com a natureza! Já nessa fase da vida o adulto se questiona sobre o seu papel na vida das pessoas que ama, da sua comunidade e até mesmo no mundo! Revisa suas realizações e se questiona se há outras no porvir. Nesse período há uma ruptura com as realidades vividas até então, e a busca por novas realizações e espaços para auto expressão. Espiritualidade ou ampliação das perspectivas de vida despontam nessa fase da vida.
Leitura: Chakras - Centros Energéticos de Transformação, de Harish Johari. Edit. Bertrand Brasil, São Paulo 1994.
O 15 é o número da Lua cheia, pois em um mês sinódico de 29 dias, no décimo quinto dia é Lua cheia. Em culturas antigas e matriarcais, que concediam à Lua a maior honraria, o ápice de sua floração e brilho era um bom motivo para se comemorar, talvez até um dia sagrado, e o 15, um número sagrado. Assim, ele era considerado na Suméria e na Babilônia o número da deusa do amor e rainha dos céus, Inanna (Ishtar). Na medida em que os valores solares emergentes suplantaram os lunares, antes sagrados, todos os atributos da noite foram taxados de nebulosos e nocivos, e o maior corpo celestial foi maldito.
Lembram que o Ano pessoal é o número que resulta da soma do seu dia + mês de nascimento + ano do último aniversário? E que o ápice do ano é esse número + o mês que somado a ele resulte resulte 1?
Existem três grandes ciclos que duram em média 30 anos cada um e que revelam as oportunidades que nos são oferecidas ao longo da vida. Essas oportunidades alcançam os níveis familiar (ou hereditário), o pessoal (que marca a possibilidade de expressão plena da individualidade) e, por fim, as oportunidades sociais ou transpessoais que assinalam nossa contribuição a este mundo. Durante este último ciclo ponderamos sobre o legado que deixaremos, ou pretendemos, deixar quando não mais estivermos aqui! Estas “oportunidades” são na verdade circunstâncias que exigirão o desenvolvimento específico de certas habilidades, talentos ou traços de caráter ou da personalidade do indivíduo que podem conduzi-lo a uma real contribuição ao seu meio social e, eventualmente, destacá-lo. Descobrir os números regentes de cada ciclo é absolutamente fácil, e nem requer nenhum tipo de operação aritmética, como vemos a seguir:
Os três ciclos regentes na Numerologia operam como guias na captação de oportunidades de crescimento. |
O Primeiro Ciclo – De 0 a 30 anos – Este ciclo é definido pelo número do mês de nascimento, que representa um período de tempo maior dentro do ciclo de um ano, como a família o é dentro da sociedade! Ele representa os estímulos próximos que recebemos de nossa família e do meio ambiente que nos cerca. São as oportunidades que nos são oferecidas consciente ou inconscientemente pelas pessoas que representam nossas relações próximas. Pessoas nascidas nos meses compostos 10 e 12 (outubro e dezembro) devem reduzir a um último dígito estes números, muito embora aqui no meu Blog eu tenha textos sobre o significado simbólicos deles, como não possuem nenhuma atribuição específica dentro da abordagem pitagórica, o mais adequado é mesmo reduzir. Apenas o mês 11, novembro, se mantém íntegro. Cada mês engloba o simbolismo de dois signos zodiacais, assim sendo isso explica muito bem a diferença que se percebe entre librianos, por exemplo, nascidos em setembro para os nativos de outubro!
O Segundo Ciclo – De 31 a 60 anos – Este ciclo é determinado pelo dia de nascimento, que representa um período de tempo bem específico dentro do grande ciclo de um ano, como é a personalidade dentro da sociedade humana e familiar. Ele representa o momento em que temos a oportunidade de nos expressar com nossas próprias habilidades e características peculiares neste mundo. O que pode representar uma marca da nossa personalidade, a manifestação de um talento, ou um modo de fazer as coisas que acentua nossas ações, e a vida das pessoas com quem nos relacionamos. O número deste ciclo indica também o que somos incitados a construir durante este período. Por ter uma variedade maior de possibilidades numéricas este ciclo pode conter os quatro números kármicos 13, 14, 16 e 19 e pelo menos dois números Mestres, 11 e 22. Os demais deverão ser reduzidos a um único dígito como indica a regra de cálculo pitagórica.
Existem muitas versões de nós mesmos que os ciclos de vida, juntamente com os ápices e desafios, auxiliam a resgatar. |
O Terceiro Ciclo – De 61 a 90 anos – Este ciclo é determinado pela soma do ano de nascimento, e representa a proposta de toda a vida do nativo. Ou seja, é a contribuição que ele trouxe para este mundo, o tema para o qual a vida nos dirigiu, e cuja grandeza ou importância depende apenas do nível de maturidade psicológica e espiritual, e claro seu nível de autoconhecimento, que moldarão o tamanho e a importância desta contribuição. Muitas pessoas descobrem cedo a que vieram a este mundo, seu propósito e missão de vida, mas é neste ciclo que este propósito atinge seu ápice e maior relevância tanto para o indivíduo quanto para aqueles que o cercam e se beneficiam de sua contribuição ao mundo e à comunidade humana. É o amadurecimento da consciência no sentido mais elevado que se pode conceber. Este ciclo, assim como o segundo inclui os quatro números kármicos e os números Mestres 11 e 22.
Fernando Pessoa
Um estudo de caso que ilustra bem
isso é do poeta português mais conhecido do mundo, Fernando António Nogueira
Lisboa! Nascido em 13 de junho de 1888. Seu primeiro ciclo foi de grande
envolvimento com os temas familiares, que são atributos do 6, dolorosos com
certeza, mas que estimularam no menino a literatura como um caminho de
reconexão com sua integridade emocional e psíquica. E literatura é uma das mais
belas atribuições do número 6. O pai morre aos 43 anos de tuberculose, e ele
tinha apenas 5 anos nesta época, no ano seguinte o irmão Jorge vem a falecer
antes de completar 1 ano de vida. E nesta época surge seu primeiro heterônimo,
Chevalier de Pas. Em 1903 recebe o prêmio Queen Victoria Memorial Prize, pelo
melhor ensaio em língua inglesa entre 899 candidatos, com apenas 13 anos. E aos
24anos inicia sua carreira como ensaísta e crítico literário com dois artigos
publicados pela revista Águia: “Reincidindo” e “A Nova Poesia Portuguesa no seu
Aspecto Psicológico”. Em 1915 participou da revista Orpheu percussora do
movimento modernista em Portugal. Sua trajetória nos primeiros anos de vida foi
marcada por muitas mudanças e viagens entre Portugal e Irlanda, onde estudou. Esse
fato afeta muito negativamente a estrutura psicológica de quem está sob a regência
do 6 durante os anos de formação, e isso afetou todo o sentido de pertencimento
e estabilidade emocional. O poeta passou sua vida toda mudando de casa.
Fernando Pessoa (1888/1935), poeta da alma. |
Tudo isso ocorrido no primeiro
ciclo de sua vida, a partir dos 30 anos o poeta passa a ser regido pelo seu
segundo e último ciclo, que é representado pelo dia do seu nascimento 13/4, que
se constitui num número kármico de muito trabalho e dificuldade de manifestação
plena. Não há registros de sua vida pessoal durante este período, não houve vinculações
amorosas. Só trabalhou muito, e escreveu magistralmente. Em 1924 aos 36 anos
funda a revista Athena juntamente com o artista plástico Ruy Vaz. Nesse periódico
firma os seus heterônimos, escrevendo poemas como Álvaro de Campos (dos versos cheios
de simbolismo e tédio), Ricardo Reis (dos versos mais clássicos e filosóficos
inspirados na cultura grega), e Alberto Caeiro (autor dos versos mais conectados
com a vida natural e os ritos pagãos). Em 30 de novembro de 1935 falece no
hospital de São Luís dos Franceses, em Lisboa, aos 47 anos. Toda sua vida foi
marcada por solidão e abuso de álcool.
O caso do consagrado poeta serve
para mostrar não apenas como operam os ciclos numerológicos, mas para alertar
que os mapas da alma, tanto a Numerologia quanto a Astrologia, podem revelar o
que acontecerá, porém o como é incógnito! Tem a ver com os merecimentos
kármicos herdados de muitas e muitas vidas e com o quanto se amadureceu com
essas experiências. Toda a vida deste grande escritor foi afetada pelo modo
como ele viveu em seus primeiros anos. Durante o segundo ciclo sua dedicação ao
trabalho literário foi um legado precioso não apenas para escritores, mas para todos os
pensadores, filósofos e místicos que o sucederam. Tinha conhecimento de
Astrologia, e chegou a fazer os mapas natais de seus heterônimos para que assim
pudesse caracterizar ainda mais a natureza dos seus versos.
Se tivesse vivido mais seu último
ciclo seria o 7, resultante da soma dos dígitos do seu ano de nascimento 1888 =
1+8+8+8 = 25 = 2+5 = 7. Muito provável que víssemos sua poesia se tornar ainda
mais sofisticada, se é que isso é possível, ou ainda mais comprometida com os
temas transcendentes, ou análogos à ânsia humana por esta transcendência como um
alívio ou cura.
Nasceu com caminho de vida 8, 13/06/1888 = 1+3+6+1+8+8+8 = 35 = 3+5 = 8. Uma cifra de durezas e de responsabilidades que foram encaradas desde cedo. Sua alma, que teria vivido em outras encarnações as experiências místicas ou de perspectivas mais elevadas do número antecedente 7 teve que, naquela última encarnação, aprender a lidar com o mundo concreto dos fatos e da vida material. O que, infelizmente, o poeta não conseguiu cumprir.